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Entrada de suprimentos não é suficiente para conter crise humanitária em Gaza

por Daiane Giesen
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Nesta segunda-feira (23), um terceiro grupo composto por 34 veículos, transportando suprimentos vitais, entrou em Gaza pela passagem de Rafah, na fronteira com o Egito. Entretanto, grupos de ajuda alertam que muito mais é necessário para conter o aprofundamento da crise humanitária no território palestino.

Os ataques aéreos e o bloqueio total promovidos por Israel na Faixa de Gaza colocaram mais de 2 milhões de civis em risco de grave desidratação e fome.

Estes ataques israelenses tiveram início após a incursão surpresa do Hamas em Israel, no dia 7 de outubro, que resultou na morte de pelo menos 1.400 pessoas.

Desde então, mais de 5.000 pessoas foram mortas em Gaza, incluindo 2.055 crianças e 1.119 mulheres, de acordo com dados do Ministério da Saúde palestino. Além disso, ocorreram mais mortes em ataques terrestres do Exército israelense durante a madrugada desta segunda-feira.

Especialistas da ONU já declararam que o bloqueio de Israel a Gaza é considerado “indescritivelmente cruel” e viola o direito internacional e penal.

Gaza já deveria ter recebido mais de 7.200 caminhões com ajuda humanitária desde o dia 7 de outubro, porém, até o momento, menos de uma centena de caminhões conseguiram entrar na região.

A fronteira com o Egito costuma receber 455 caminhões de ajuda por dia, conforme informações da ONU. Portanto, entre os dias 7 e 22 de outubro, 7.280 caminhões de ajuda deveriam ter chegado.

O bloqueio imposto por Israel também tem afetado a disponibilidade de medicamentos e suprimentos médicos. Trabalhadores humanitários em Gaza enfrentam dificuldades em fornecer morfina e analgésicos para tratar civis feridos, como relatado por Leo Cans, chefe da Missão dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) em Jerusalém. Um cirurgião da MSF conta o caso de um menino de 10 anos que, no domingo (22), tinha “60% da superfície corporal queimada e não conseguiu receber analgésicos”.

Fonte: CNN

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