A Rússia espera uma visita do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, à medida que os dois produtores de petróleo aprofundam sua cooperação e as empresas russas buscam investir mais no país sul-americano. É o que disse o responsável pelo petróleo do presidente Vladimir Putin nesta segunda-feira (16).
A Venezuela possui as maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo e a Rússia é o segundo maior exportador de petróleo do mundo. Uma fonte familiarizada com os planos disse à Reuters, sob condição de anonimato, que a visita de Maduro será realizada até o final do ano.
Não houve comentário imediato de Caracas.
O vice-primeiro-ministro russo Alexander Novak ressaltou a importância da cooperação petrolífera russa com a Venezuela, um dos cinco membros fundadores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
“Observamos a importância de continuar o trabalho conjunto para estabilizar o mercado global de energia, inclusive no formato Opep+”, afirmou Novak em reunião de uma comissão intergovernamental Rússia-Venezuela em Moscou.
Novak disse que esses esforços são “especialmente importantes no contexto das tentativas dos países ocidentais de usar a demanda por recursos energéticos como um instrumento de pressão política”.
A Rússia descreve a Venezuela como um importante parceiro russo na América Latina e diz que está aprofundando os laços com outras potências depois que o Ocidente impôs sanções contra a Rússia e as empresas russas devido à guerra na Ucrânia.
“Nossa abordagem solidária é um fator determinante para garantir um equilíbrio saudável de oferta e demanda no mercado de petróleo, mantendo a atratividade de investimentos do setor e combatendo o sentimento especulativo”, disse Novak.
As joint ventures russas de petróleo e gás na Venezuela excederam a produção planejada em 16% nos primeiros sete meses deste ano, afirmou Novak.
As empresas russas, segundo ele, manifestaram interesse em modernizar e construir instalações de energia, equipamentos de transporte e ajudar a digitalizar o setor de petróleo e gás da Venezuela.
Fonte: CNN