Nunca antes na história da humanidade tivemos tanta facilidade, rapidez e diversidade no acesso à informação. No entanto, isso não significa que nossa maneira de nos informar seja perfeita. Da mesma forma, nunca foi tão crucial estarmos atentos às fontes das informações que consumimos, para evitar e enfraquecer a propagação de notícias falsas. Esta quinta semana de setembro nos oferece uma oportunidade oportuna para refletir sobre esse assunto, pois comemoramos o Dia Nacional do Rádio e da Radiodifusão em 25 de setembro.
Nesta segunda-feira (25), é comemorado Dia Nacional do Rádio e da Radiodifusão, uma das formas mais antigas e duradouras de transmitir informações, entretenimento e música. Ele desempenhou um papel significativo na formação da cultura e na disseminação de notícias ao longo dos anos.
Esta data foi estabelecida para homenagear o nascimento de Edgar Roquette-Pinto, considerado o pai da radiodifusão no país. Além de médico, Roquette-Pinto foi professor, escritor, antropólogo, etnólogo e ensaísta. Ele fundou a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, mais tarde conhecida como Rádio MEC, após ser doada ao Ministério da Educação em 1936.
Com apenas um celular e um repórter habilidoso, o ouvinte pode ser transportado para o local da notícia, no exato momento em que o evento ocorre. O jornalismo de rádio é o mestre do imediatismo, e sua história está entrelaçada com os principais eventos políticos que moldaram o país.
Na década de 1920, era o principal meio de informação na sociedade antes do rádio e da televisão, mesmo em um país onde 65% da população com 15 anos ou mais era analfabeta, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo após o início das transmissões regulares de rádio no Brasil, o jornal continuou a ditar as notícias. No entanto, agora era lido para quem pudesse ouvir.
O radiojornalismo começou na Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que foi ao ar em 1923 e é considerada a primeira emissora oficial do país. Com um papel fundamentalmente educativo, a rádio também reservou espaço para informações jornalísticas. Roquette-Pinto, fundador da Sociedade e intelectual de múltiplas formações, apresentava os noticiários – o primeiro deles o Jornal da Manhã.
Naquela época, no entanto, não havia produção própria de notícias para o rádio: a fonte era o impresso. As reportagens eram lidas no ar por Roquette-Pinto, como foi feito posteriormente por outras emissoras na fase dos jornais falados. No caso dele, no entanto, com sua vasta cultura e interesse por várias áreas do conhecimento, o conteúdo ia além das linhas impressas e ganhava contexto nas ondas do rádio. Portanto, ao celebrarmos o Dia Nacional do Rádio, também celebramos a evolução do jornalismo e a importância de permanecermos informados e conscientes das fontes de nossas notícias.