A Organização Meteorológica Mundial (OMM), pertencente à Organização das Nações Unidas (ONU), emitiu um alerta preocupante sobre o aumento do risco de mortes causadas pelo calor extremo que tem afetado a Europa, Ásia e Estados Unidos. Somente na Europa, estima-se que 61 mil pessoas tenham perdido suas vidas devido às ondas de calor no ano passado.
Nesta terça-feira (18), grandes áreas do sul e do leste europeu foram colocadas em alerta vermelho devido à onda de calor intensa.
Durante o pico da temporada de turismo de verão, as temperaturas escaldantes na Europa levam a OMM a salientar que a onda de calor no hemisfério norte deve se intensificar.
O centro de coordenação de resposta a emergências da União Europeia emitiu alertas vermelhos para altas temperaturas na maior parte da Itália, nordeste da Espanha, Croácia, Sérvia, sul da Bósnia e Herzegovina, e Montenegro.
As ondas de calor deste verão também têm sido extremas em outras partes do mundo, com temperaturas acima de 53 °C no Vale da Morte, na Califórnia, Estados Unidos, e mais de 52 °C no noroeste da China. Isso coincidiu com incêndios florestais devastadores desde a região da Grécia até os Alpes suíços, bem como inundações mortais na Índia e Coreia do Sul.
Essa situação ressalta a urgência das negociações entre Estados Unidos e China nesta semana, uma vez que ambos são os maiores poluidores e emissores de gases de efeito estufa do mundo.
A OMM advertiu que as temperaturas na América do Norte, Ásia, norte da África e Mediterrâneo devem permanecer acima de 40 °C por um período prolongado nesta semana, à medida que a onda de calor se intensifica. Além disso, as temperaturas mínimas durante a noite também devem atingir novos picos, criando um risco maior de casos de ataques cardíacos e mortes.
Apesar de a maior parte da atenção estar voltada para as temperaturas máximas durante o dia, a ONU enfatiza que são as temperaturas noturnas que representam os maiores riscos à saúde, especialmente para as populações vulneráveis.
O Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia relata que 2021 e o ano passado foram os verões mais quentes já registrados no continente, e a temperatura mais alta já registrada na Europa, de 48,8 °C, ocorreu na Sicília há dois anos. A situação climática atual requer atenção urgente e ação coordenada para mitigar os impactos negativos das ondas de calor extremo.