O Deputado Estadual Rodrigo Lorenzoni recentemente expressou, por meio de um vídeo em suas redes sociais, sua preocupação em relação às finanças do Estado do Rio Grande do Sul e ao governo Eduardo Leite. Em entrevista ao Grupo Ceres de Comunicação, o deputado esclareceu a questão.
Segundo ele, o governador Eduardo Leite convocou uma reunião do Conselho de Estado – composto pelo representante do Tribunal de Justiça, do poder Executivo, do Ministério Público e do poder Legislativo – na qual solicitou um socorro financeiro aos poderes para poder fechar as contas do primeiro quadrimestre deste ano. A reunião foi realizada há duas semanas sem divulgação prévia e, busca auxiliar no fechamento das contas do primeiro quadrimestre deste ano.
De acordo com Rodrigo Lorenzoni, se o governador não tivesse o apoio dos poderes, o caixa do governo seria fechado abaixo do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal, o que faria com que o comprometimento com a folha de pagamento ultrapassasse os limites estabelecidos pela lei. Dessa forma, a Assembleia Legislativa ativou o seu fundo de reserva para repassar ao governo o montante de R$ 241 bilhões, enquanto o Tribunal de Justiça contribuiu com mais de R$ 290 bilhões e o Ministério Público com mais de R$ 90 bilhões, totalizando mais de R$ 600 bilhões em ajuda financeira.
O deputado também destacou que a questão financeira do Estado é preocupante e se torna ainda mais complexa no cenário federal. Segundo ele, há um cenário econômico muito preocupante fruto do descontrole econômico promovido pelo governo federal. Ele afirmou que há uma movimentação de aumento de impostos no país e que isso afetará a atividade econômica, aumentando a inflação e os preços dos produtos, o que prejudicará a competitividade das empresas.
Quanto ao aumento dos salários dos servidores públicos, o deputado ressaltou a independência de decisão dos poderes. Segundo ele, o aumento proposto pelo poder judiciário, pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas não acarretará aumento de gastos para o Estado e será provido através do orçamento dos poderes. Ele afirmou que é preciso discutir a adequação e a pertinência desse aumento, bem como a moralidade da medida. Porém, ele reconheceu que cada poder tem a atribuição e o direito de gerir suas carreiras e a Assembleia Legislativa não pode interferir nessa questão por respeito à independência e autonomia de cada poder.