Neste sábado, 22 de abril, celebra-se o Dia da Terra, um movimento ambiental mundial que tem como objetivo ampliar, instruir e mobilizar a consciência ambiental. O Dia Mundial da Terra ganhou importância histórica por ser o dia em que o ex-senador americano Gaylord Anton Nelson convocou um grande protesto em 1970 sobre os impactos ambientais causados pela humanidade. Embora tenha sido oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2009, seu objetivo principal é promover a reflexão sobre a relação entre o ser humano e o meio ambiente.
Todo ano é escolhido um tema para incentivar a discussão sobre o meio ambiente e promover o pensamento crítico. Em 2023, o tema escolhido é “Invista em Nosso Planeta”, que busca envolver governos, instituições, negócios e cidadãos em iniciativas que solucionem a crise climática que afeta a vida na Terra. Essas iniciativas podem ser desde pequenas ações, como consumo consciente, até práticas que geram grande impacto coletivo, como incentivos governamentais para grandes empresas investirem em energia sustentável.
Relatório da ONU
O relatório anual da Organização das Nações Unidas (ONU) indica que as mudanças climáticas continuam avançando, afetando desde a terra até o oceano. Altos níveis de emissão de gases de efeito estufa levaram a recordes de temperatura global, derretimento de geleiras e aumento do nível do mar. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) alerta que essa tendência deve continuar por milhares de anos, elevando o risco de eventos climáticos extremos que podem ameaçar a existência de nações inteiras.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, declarou em comunicado que apesar de termos as ferramentas, o conhecimento e as soluções, é necessário acelerar o ritmo de ação climática com cortes de emissões mais profundos e rápidos, a fim de limitar o aumento da temperatura global a 1,5 grau Celsius. Guterres também enfatiza a importância de investimentos massivamente ampliados em adaptação e resiliência, principalmente para os países e comunidades mais vulneráveis que menos fizeram para causar a crise.
O relatório “Estado do Clima Global” revelou que a temperatura global atingiu um recorde, sendo 1,15°C acima da média de 1850-1900 e os anos de 2015 a 2022 foram os oito mais quentes registrados. Além disso, a concentração de gases de efeito estufa em 2021 também bateu recorde. Quanto ao oceano, o nível global do mar subiu 4,62 mm por ano entre 2013 e 2022, mais que o dobro do ritmo registrado na primeira década de 1993 a 2002, ameaçando cidades costeiras e nações de baixa altitude, como a ilha de Tuvalu, que planeja uma versão digital caso seja submersa.