Diante da falta de respostas por parte do governo federal em relação à pauta da estiagem, os agricultores familiares organizados pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul – Fetag-RS e pelos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais realizarão no próximo dia 19 de abril novas mobilizações em 17 pontos estratégicos por todo o estado. Através de caminhadas, atos públicos e manifestações, os agricultores buscam chamar a atenção e pressionar o governo federal para que tomem medidas efetivas em relação à pauta da estiagem.
O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, falou sobre a decisão de retomaras manifestações. “Na última mobilização da Fetag, nós assumimos um compromisso com aqueles agricultores que estiveram presentes em Porto alegre de que passado o prazo pro governo federal atender à demanda da Fetag, nós retomaríamos as mobilizações A decisão é que teremos 17 pontos de manifestações espalhadas pelo interior do estado, enquanto uma comissão estará em Brasília negociando com o governo federal” explicou o presidente.
Os agricultores têm quatro demandas fundamentais para que os pequenos produtores possam lidar com os prejuízos causados pela estiagem. A principal delas é a prorrogação das dívidas agrícolas com um desconto de 35%, medida que ainda não foi anunciada pelo governo. Além disso, eles solicitam um investimento com subsídio de 30% para o tratamento dos animais, especialmente os de gado leiteiro e corte. Além disso, é necessário um crédito emergencial para garantir que os produtores familiares possam continuar produzindo alimentos.
Maiquel Junges, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Não-Me-Toque, também abordou as manifestações, destacando: “No último dia 30 de março, tivemos uma grande mobilização em Porto Alegre, mas o Governo Federal não fez nenhum anúncio em resposta às nossas solicitações. Por isso, durante a assembleia da Fetag, decidimos utilizar 17 pontos de mobilização no estado do Rio Grande do Sul”, explicou o presidente Maiquel Junges.
Conforme destacado por Maiquel, essa mobilização terá uma grande importância para a região e para o município de Não-Me-Toque. É esperada a participação de mais de 500 agricultores, tornando essencial o envolvimento dos produtores e agricultores locais.