O governo eleito negocia com o Congresso a aprovação da nova faixa de isenção do IR (Imposto de Renda) ainda neste ano para começar a valer a partir de 2023. Atualmente, a isenção é de R$ 1.900 e há propostas em discussão que chegam a R$ 5 mil.
Em reunião com líderes, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, liberou a votação da correção da tabela do IR ainda neste ano, de acordo com aliados de Lira. Lideranças afirmam que só falta uma condicionante: saber se o partido do novo presidente vai querer e qual limite.
“Estamos analisando todos os projetos que sejam de interesse do governo”, afirmou o líder do PT Reginaldo Lopa Câmara dos Deputados, Arthur Lira, liberou a votação da correção da es (PT/MG), nesta quarta-feira (02), sobre a proposta de ampliar a correção da tabela. Os detalhes começam a ser discutidos nas reuniões da equipe de transição.
Uma faixa de isenção de R$ 5 mil do Imposto de Renda da Pessoa Física também foi prometida pelo presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral. Por isso, a alternativa também encontra respaldo entre lideranças de partidos de centro e de direita. O deputado federal Danilo Forte (União Brasil/CE), autor de proposta que reajusta a tabela para R$ 5.200, acredita que este seja o momento de aprovação.
“A minha proposta é baseada na quantidade de salários mínimos, mas pode se adequar à pauta do novo governo para que ainda neste ano saia a correção da tabela do imposto de renda”, disse.
A tabela é uma das propostas que governo e Congresso tentam encaixar no orçamento, que se mantém em déficit em 2023. Também estão em discussão a busca pela abertura de espaço para o Auxílio Brasil de R$ 600, a recomposição do Farmácia Popular, o pagamento do piso salarial para enfermeiros e adequação da merenda escolar.
O novo governo calcula que será necessário um remanejamento orçamentário de cerca de R$ 200 bilhões na proposta para o ano que vem. Pelo cálculo, citado por dirigentes petistas, um valor entre R$ 60 bilhões e R$ 100 bilhões ficaria fora do teto de gastos. Lula disse na campanha eleitoral que pretende revogar o teto de gastos, mas não apresentou qual seria a nova âncora fiscal do país.
Fonte: O Sul
Edição: Grupo Ceres de Comunicação