A Rússia iniciou, na madrugada desta quinta-feira, 24, uma invasão da Ucrânia, com ataques aéreos em todo o país, incluindo a capital Kiev. Há ainda entrada de forças terrestres ao norte, leste e sul, segundo os guardas de fronteira ucranianos, que registram suas primeiras perdas.
A ofensiva provocou clamor internacional, ao qual Moscou não deu ouvidos. Dois dias depois de reconhecer a independência dos territórios separatistas ucranianos no Donbas, o presidente russo, Vladimir Putin (que disse que queria “defendê-los” contra a agressão ucraniana) lançou a invasão.
“Tomei a decisão de uma operação militar”, declarou Putin em um discurso na madrugada. “Vamos nos esforçar para alcançar uma desmilitarizaração e uma desnazificação da Ucrânia”, afirmou. “Não temos nos nossos planos uma ocupação dos territórios ucranianos, não pretendemos impor nada pela força a ninguém”, assegurou, apelando aos soldados ucranianos “a deporem as armas”.
Ele repetiu suas acusações infundadas de um “genocídio” orquestrado pela Ucrânia nos territórios separatistas pró-Rússia no leste do país e utilizou como argumento o pedido de ajuda dos separatistas e a política agressiva da Otan em relação à Rússia, da qual a Ucrânia seria uma ferramenta.
Fonte: O Povo.