A produção de soja do Brasil deve alcançar 134,5 milhões de toneladas na safra 2021/22, estimou nesta segunda-feira a consultoria Céleres com um corte ante os 145,7 milhões projetados anteriormente, em função da seca no Sul do país.
Em relação à safra anterior, a estimativa é que a produção brasileira de soja deva recuar 2,7%, ante o recorde de 138,2 milhões de toneladas.
Paraná e Rio Grande do Sul são os Estados mais afetados pela estiagem, atingindo perdas de produção de 29% e 21%, respectivamente. Por outro lado, Goiás e Mato Grosso sentem, ainda que em menor grau, o excesso de chuvas atrapalhar o manejo e a colheita do grão.
Ainda segundo a análise, a limitação da oferta total deverá manter o cenário de estoques apertados no decorrer de 2022, reforçando o viés de neutralidade a altista para os preços da oleaginosa no mercado interno, se mantido o real desvalorizado.
Como na soja, o La Niña trouxe efeitos também para a cultura do milho no Brasil.
De acordo com a Céleres, a projeção de produção para a primeira safra já recuou 5,3 milhões de toneladas em relação aos primeiros acompanhamentos, atingindo 22,7 milhões de toneladas em 2021/22.
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Paulo Pires, em entrevista ao Central de Notícias, com Antônio Sadi, comenta sobre um projeto efetivo para o levantamento de perdas do estado. Ouça:
O Presidente da FECOAGRO, Paulo Pires, fala sobre as porcentagens já efetivadas de perdas, detalhando um levantamento feito pelo economista da federação. Ouça: