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Agosto Dourado: mês marca o incentivo ao aleitamento materno

por Grupo Ceres
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Essencial para a sobrevivência, a nutrição e o desenvolvimento nos primeiros meses de vida e no início da infância, o leite materno é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o “alimento de ouro” para os bebês. Para conscientizar a população sobre a importância da amamentação, o Agosto Dourado marca a campanha mundial de incentivo ao aleitamento materno.

Estabelecida em 1992 pela OMS e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM) é promovida em mais de 120 países entre os dias 1º e 7 de agosto, sendo o principal movimento em defesa do aleitamento. Neste ano, a SMAM tem como tema Proteja a amamentação: uma responsabilidade compartilhada.

Para Caroline Abud, nutricionista materno infantil e professora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, é fundamental o envolvimento de toda sociedade na proteção e no apoio à amamentação. “Todos e todas podemos contribuir acolhendo uma mãe e não julgando, tendo um olhar da prática do aleitamento como um ato normal de amor, carinho e cuidado. Podemos exercer essa proteção com nossos pares (parentes, amigas), com nossas pacientes (quando profissionais de saúde), como comunidade e enquanto poder público, no desenvolvimento de políticas públicas efetivas e direcionadas ao incentivo da amamentação”.

De acordo com o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), níveis ideais de amamentação poderiam prevenir mais de 820 mil mortes de crianças menores de cinco anos por ano no mundo e evitar 20 mil mortes de mulheres por câncer de mama devido a diminuição do nível de estrogênio no organismo durante o período de aleitamento. Além disso, a amamentação exclusiva dos bebês durante os primeiros seis meses de vida é recomendada pela OMS para garantir o crescimento e desenvolvimento adequado da saúde das crianças.

Caroline destaca que os primeiros anos de vida dos bebês, em especial os primeiros mil dias, que correspondem do período da gestação aos dois anos da criança, são considerados uma “janela de oportunidades” com inúmeros benefícios para a prevenção de doenças. “As evidências científicas são incontestáveis com relação aos benefícios do binômio mãe-bebê, como, por exemplo, na prevenção da mortalidade infantil, em especial por doenças infecciosas, e de doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade e diabetes, além de prevenir cânceres de mama e ovários para as mães”, ressalta.

Apesar do crescimento dos indicadores de aleitamento materno no Brasil, dados do relatório preliminar do Enani apontam que menos da metade (45,7%) das crianças menores de seis meses de idade recebe a amamentação exclusiva. Já a prevalência de aleitamento materno continuado aos 12 meses (crianças de 12 a 15 meses) foi de 53,1%. O estudo avaliou 14.505 crianças brasileiras menores de cinco anos entre fevereiro de 2019 e março de 2020.

Fonte: PUC-RS.

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