Em um ano turbulento por causa da pandemia do coronavírus, poucos setores escaparam da crise. O agronegócio foi um deles, conseguindo manter o bom ritmo de produção dos últimos anos, surpreendendo com uma safra recorde e exportações aquecidas como reflexo da valorização do dólar. “O ano de 2020 vai entrar para a história do agronegócio. Tivemos um consumo de alimentos firme no mercado interno e no externo, puxado especialmente pela demanda asiática e pelo câmbio. A desvalorização do real deixou o nosso produto muito competitivo”, afirma Marcos Fava, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FEA-RP/USP) e da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP).
A safra de grãos 2019/2020 (plantada em 2019 e colhida neste ano) bateu o recorde de 257,8 milhões de toneladas, com crescimento de 4,5% em relação à temporada anterior, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os números provam que o agronegócio não pisou no freio durante a crise e seguiu trabalhando, evitando o desabastecimento durante a pandemia.
Para a elaboração desta lista, que teve como base informações de demonstrativos financeiros das empresas, da agência Standard & Poor’s, da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da empresa de informações financeiras Economatica, foram consideradas empresas com faturamento no Brasil de pelo menos R$ 1 bilhão em 2019. Foi considerado também o grau de atuação de cada empresa ou grupo no agronegócio brasileiro, ainda que sua atividade principal tenha relação indireta com a produção agropecuária nacional.
A Cotrijal ocupa a posição de número 58.
- COTRIJAL
Setor:cooperativas
Fundação:1957, em Não-Me-Toque (RS)
Receita: R$ 2,4 bilhões
Principal executivo: Nei César Manica
Nascida como Cooperativa Tritícola de Não-Me-Toque e posteriormente renomeada Cotrijal, a cooperativa é uma participante tradicional da atividade tritícola no Rio Grande do Sul e uma das maiores cooperativas do estado, com 59 unidades de negócio destinadas à armazenagem de grãos e ao atendimento aos cooperados, além de 20 lojas e dez supermercados. Ao lado das atividades ligadas ao trigo, a cooperativa também apoia a atividade leiteira da região.