A Secretaria da Saúde (SES) recebeu, na manhã deste domingo (24/1), um lote com cerca de 116 mil doses da vacina contra a Covid-19. Desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca, teve esse carregamento importado da Índia. O envio às regionais de todo o Estado ocorre nesta segunda-feira (25/1). Esse lote será direcionado ao grupo de trabalhadores da saúde, priorizando aqueles que estão na linha de frente no atendimento às pessoas com a doença.
As doses chegaram a Porto Alegre por volta das 9h30, em voo vindo do Rio de Janeiro. A carga foi levada à Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Ceadi) da SES. A distribuição para as 18 coordenadorias regionais de saúde (CRS) será feita por transporte rodoviário e aéreo, com o apoio da frota de aviões e helicópteros da Secretaria da Segurança Pública do Estado. Foram recebidas 11,6 mil frascos, sendo que cada um com capacidade para a aplicação de 10 doses.
Este é o segundo tipo de vacina contra a Covid-19 liberado para uso no país até o momento. Somadas às 341,8 mil unidades da CoronaVac recebidas segunda-feira passada (18/2), já são cerca de 457 mil doses encaminhadas ao RS.
Ambas têm esquema de duas doses para completar a imunização. A CoronaVac, produzida em parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac, deve ter a segunda dose quatro semanas após a primeira, por isso teve apenas metade do lote (170,8 mil doses) distribuído aos municípios. A outra metade fica reservada com a SES para envio nas próximas semanas.
A vacina da Oxford/AstraZeneca, que tem no Brasil acordo com a Fiocruz, tem a segunda dose prevista para 12 semanas após a primeira. Pelo prazo maior entre as doses, terá todo a quantidade recebida já distribuída para uso. Até chegar o momento da segunda dose dos vacinados, um novo lote já deve estar disponível pelo Ministério da Saúde.
Será possível vacinar com a primeira dose cerca de 61% dos trabalhadores da saúde, cerca de 254 mil de um total estimado de 417 mil pessoas. Nesta fase, a prioridade entre esse público seriam aqueles profissionais que estão mais expostos ao vírus, no atendimento a pessoas com a doença ou a suspeita em UTI, na rede de urgência e emergência (Samu e Unidades de Pronto Atendimento), ambulatórios de Covid-19, entre outros.
Conforme mais doses forem distribuídas daqui para frente, enviadas pelo Ministério da Saúde, progressivamente esse grupo será ampliado até a sua totalidade, além da campanha começar a abranger demais grupos de risco, como os idosos e as pessoas com doenças crônicas (comorbidades).
Para o primeiro lote, distribuído na última semana, além dos trabalhadores da saúde, também foram elencados como prioritários pessoas acima de 60 anos que residem em Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPI), pessoas com deficiência institucionalizadas e população indígena aldeada.
Até este domingo (24), dados enviados pelos municípios já registram 76 mil doses aplicadas, sendo mais de 53 mil trabalhadores da saúde, 19 mil idosos residentes de ILPI, 2 mil indígenas e 622 pessoas com deficiência.