O Presidente da Federação das Associações dos Municípios do RS (FAMURS), Maneco Hassen, esteve participando de entrevista à Nova Ceres, na manhã desta segunda-feira, 11, onde foram tratados assuntos como a arrecadação de ICMS, crise provocada pela estiagem na agricultura, bem como, a logística para a vacinação contra a Covid-19.
Maneco destaca que este é o maior desafio das últimas décadas para os gestores municipais, visto as dificuldades enfrentadas ainda no decorrer do ano passado, com estiagem, onde mais de 100 municípios decretando situação de emergência e o enfrentamento ao novo coronavírus, situação que deve perdurar ainda por algum tempo. Ouça:
Aliado a tudo isso, os chefes dos executivos municipais terão de lidar com a diminuição na liberação de recursos, onde ao longo de 2020, em virtude do enfrentamento a Pandemia, ocorreu uma grande liberação de recursos, valores que não estão em pauta em 2021. Ouça:
Vislumbrando um inicio mais breve possível da vacinação contra a Covid-19, o gestor da associação dos municípios gaúchos destacou que, o tema está em debate com o Governador Eduardo Leite e demais lideranças estaduais desde o final e 2020.
Hassen ainda enfatiza que a logística no RS está pronta, aguardado apenas a distribuição do imunizante, que ele acredita que possa ocorrer dentro de duas semanas, podendo dar inicio a imunização ainda neste primeiro mês de 2021.
Não ocorrendo esta liberação por parte do Governo Federal, o RS possui um plano alternativo, que segundo Maneco Hassen é uma negociação direta com o Instituto Butantam, garantindo assim a efetiva vacinação nos gaúchos.
Dentro do plano de ação, Hassen destaca que será utilizada a experiência com a vacinação contra H1N1, onde a partir da liberação do Governo Federal as doses serão encaminhadas a Secretaria Estadual de Saúde, que já está com os locais de armazenamento mapeados, junto as Coordenadorias Regionais de Saúde e algumas universidades que se disponibilizaram em colaborar.
Todo este plano de distribuição vai depender do número de doses que serão disponibilizados, sendo imediatamente encaminhados para as Secretarias Municipais de Saúde. A partir do recebimento do imunizante, de acordo com o gestor, serão priorizados os profissionais de saúde e logo após os idosos com comorbidade. Ouça:
Ponto importante trazido pelo gestor foi referente às dificuldades enfrentadas pelas administrações municipais devido à estiagem que acometeu o RS. Cidades estas que ainda estão no aguardo dos recursos, requeridos junto aos governos estadual e federal.
Segundo Maneco, boa parte desta dificuldade enfrentada pelos Prefeitos se dá pela falta de planejamento e excesso de burocracia. Ouça:
Como medidas a serem adotadas para amenizar estas dificuldades Hassen destaca a abertura de açudes, para acumulo de água no inverno e uso no verão, ampliação das redes de água e um maior mapeamento da situação a ser enfrentada, mas de acordo com ele, tudo isso esbarra na falta de recursos.
Escassez que segundo Maneco poderia ser sanado com uma maior autonomia dos municípios na gestão desse tipo de crise. Ouça:
Estagnação da economia e a diminuição dos recursos por parte das prefeituras também foram temas abordados junto ao Prefeito de Taquari. A receita municipal sofrerá uma diminuição grande em 2021, situação que será abordada na reunião geral da FAMURS, que ocorrerá ainda esta semana.
Os valores de enfrentamento a crise não foram colocados em pauta e não serão disponibilizados neste ano, o que causa grande preocupação dentro da federação. Segundo Maneco, será encaminhada junto ao Governo Federal a manutenção do aporte financeiro, pelo menos durante o período que perdurar a Pandemia. Ouça: