O Presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, esteve participando de entrevista na Programação da Nova Ceres. O gestor da maior cooperativa agropecuária do RS esteve explanando sobre os desafios enfrentados ao longo de 2020, bem como um balanço do ano que se finda agora neste dia 31, além de boas notícias e prospecções para 2021 e os próximos anos.
Mesmo com todas as adversidades enfrentadas pelo setor agropecuário, como a seca, quebra na safra e a Pandemia provocada pelo Novo Coronavírus, Mânica destaca que fecha o período com saldo positivo, sendo 2020 o melhor ano da cooperativa.
O mês de dezembro trouxe uma notícia alentadora para 2021 e os próximos anos. Muitos produtores tiveram problemas em saldar seus débitos, em virtude da quebra na safra, que alterou seus passivos, diante disso a cooperativa foi atrás de alternativas para auxiliar estes produtores, buscando junto a financeiras um fôlego que dá tranquilidade aos produtores, pelo menos nos próximos três anos.
Em meio a tudo isso, o Governo Federal iniciou as tratativas e negociações do Certificado de Recebíveis do Agronegócio, que é uma forma de financiamento, feito por investidores do mundo todo, se valendo de uma taxa de juros menor. A solenidade oficial será realizada no mês de janeiro em Brasília, comandada pela Ministra da Agricultura Tereza Cristina, sendo a Cotrijal a primeira cooperativa do Brasil a ser beneficiada com estes investimentos.
Por ser uma proposta experimental a tendência é de que as primeiras captações pela modalidade fiquem entorno de R$ 35 a R$ 40 milhões. Conforme o presidente trata-se de um processo bastante trabalhoso devido ao processo de captação das documentações e de registros que são exigidos. O presidente explica que neste primeiro momento os recursos serão para atender aos produtores nas suas necessidades de custeio e repactuação de dividas.
Para se manter em crescimento a cooperativa realiza planejamentos e estipula metas a serem alcançadas no prazo de cinco anos, sendo que as próximas projeções já se iniciam junto com 2021. Mânica destaca que no primeiro planejamento, ainda no ano de 2010, o objetivo era dobrar o faturamento em até 2015, meta alcançada. Logo após a meta era superar a marca de dos R$ 2 bilhões e 400 milhões de faturamento, o que também foi conseguido dentro do prazo estipulado.
Agora, o plano para o próximo quinquênio é alcançar a cifra dos R$ 4 bilhões 400 milhões no faturamento da cooperativa.
Frisando estas conquistas, Mânica enaltece o trabalho de toda a diretoria e colaboradores, que estão diretamente ligados no sucesso destes objetivos. Através de um trabalho em conjunto é possível realizar a abertura de mercado, modernização das lojas e serviços oferecidos e aumento da área de atuação.
Mesmo com as dificuldades enfrentadas ao longo de 2020, a cooperativa seguiu expandindo. Reformando e ampliando algumas lojas, investindo no ramo de combustíveis e melhorias que acarretam no aumento da produtividade e da rentabilidade aos associados.
Os valores na comercialização dos produtos agrícolas alcançaram patamares nunca antes vistos, com a soja valendo R$ 183,00 a saca, mostrando também valores consideráveis nas demais culturas como milho e trigo, que estiveram bem valorizados, principalmente a partir do segundo semestre.
Sobre isso, Nei Mânica acredita que os valores das oleogenosas e do cereal seguirão em patamares elevados.
Encarando um novo ano, que se inicia à partir de amanhã, Mânica frisa a necessidade de acompanhar a inovação, que acontece de forma muito rápida, pensando nisso, já prospectando alternativas para 2021, a cooperativa se juntou a mais 11 gigantes do agronegócio, somando mais de 80 mil produtores, buscando alternativas de varejo, para que os produtores possam comprar produtos com preços mais acessíveis.
Ingressaram também juntamente com mais sete empresas brasileiras em parceria com um banco de MG, buscado alternativas para o agronegócio, bem como parcerias dentro do RS, além de empresas importantes do norte do estado, buscando sempre inovação e a ampliação de mercado.
Foto: Asscom Cotrijal
