Fiscais agropecuários da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) que trabalham em municípios da fronteira oeste e noroeste do Estado estão monitorando a possível entrada da nuvem de gafanhotos vinda da Argentina. Até esta sexta-feira (26/6), não foi registrada a ocorrência da praga nas áreas inspecionadas da região. “Apesar das condições climáticas favoráveis (frio e vento sudoeste), ainda existe o risco e permanecemos em alerta”, destaca o chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Seapdr, engenheiro agrônomo Ricardo Felicetti.
De acordo com o secretário Covatti Filho, a Seapdr está trabalhando em consonância com o Ministério Agricultura, Pecuária e Abastecimento para deixar o Estado preparado caso precise agir no controle da praga. “São medidas que permitem agilizar nossas ações de defesa vegetal e de controle”, garante.
Segundo Felicetti, ações de mobilização e vigilância com esse foco são desenvolvidas desde 22 de junho e devem continuar até a próxima semana. Os fiscais inspecionaram a linha de fronteira e visitaram prefeitos e secretários da Agricultura dos municípios de São Nicolau, Porto Mauá, Alecrim, Pirapó, Itaqui, Alegrete, São Borja e Porto Xavier, todos localizados às margens do rio Uruguai. “Fomos muito bem recebidos e foi elogiada a ação da defesa agropecuária”, conta. Os fiscais também foram à prefeitura de Uruguaiana e em sindicatos e associações desses municípios.
Conforme o fiscal estadual agropecuário Juliano Goulart Ritter, do município de Barra do Quaraí, que fica no extremo oeste do Rio Grande do Sul e faz fronteira com Argentina e Uruguai, na quinta-feira (25/6) o vento era sudoeste e estava acima de 15 quilômetros por hora. “Esse vento desfavorece o ingresso dos insetos e os empurra para longe do Estado. Por enquanto, os produtores gaúchos podem ficar tranquilos, porque não há ocorrência dos insetos no Estado e continuamos atentos”, afirma. “A ação de vigilância e os monitoramentos permanecerão enquanto houver risco associado à presença dos gafanhotos nas proximidades do Estado”, reitera Felicetti.