A safra de verão 2018/2019 deverá gerar um ingresso de cerca de R$ 31,29 bilhões na economia do Rio Grande do Sul. O dado foi divulgado nesta terça-feira (12), pela Emater, durante café da manhã realizado na Expodireto Cotrijal.
A entidade estima que a atual safra gere uma produção total de 31.958.728 toneladas, em uma área plantada de 7.638.082 hectares. A projeção é 4,60% superior as 30.551.928 toneladas registradas na safra 2017/2018. Nos últimos dez anos, o volume projetado é inferior apenas ao registrado no ciclo 2016/2017, com uma produção de 33.637.594 toneladas.
O maior avanço é projetado no milho. Na safra passada, foram produzidas 4.514.545 toneladas, com uma produtividade de 6.455 kg/ha. Nesta temporada, é esperada uma colheita de 5.522.224 toneladas, com uma produtividade de 7.350 kg/ha, crescimento de 22,32%.
Conforme o presidente da Emater, Iberê Orsi, o crescimento do milho está relacionado com o avanço da tecnologia. “Precisamos que a produção de milho siga aumentando. É o grande carro-chefe na produção de carne, de proteína animal”, afirma Orsi.
Soja em alta
Em relação à oleaginosa, os dados da Emater apontam para uma produtividade de 3.196 kg/ha e uma produção de 18.545.928 toneladas, o que representa uma variação positiva de 5,70%. Na safra 2017/2018, foram colhidas 17.546.405 toneladas e uma produtividade de 3.047 kg/ha.
“Este ano é espetacular para a soja. Porém, industrializamos muito pouco”, analisa Orsi. Ele calcula que um aumento da industrialização resultaria em ganhos econômicos para o Estado.
Arroz – A única queda registrada é na orizicultura. Na safra 2018/2019, a Emater prevê uma produção de 7.788.463 toneladas e produtividade de 7.606 kg/ha. Os dados indicam queda na produção de 7,24%.
A queda no arroz deve-se, sobretudo, as enchentes que prejudicaram as lavouras nas principais regiões produtoras, como a Fronteira-Oeste. “No arroz, com exceção dos locais alagados, a projeção é muito boa”, pondera o presidente da Emater.
Feijão – A Emater projeta que o feijão de 1ª safra terá um aumento de produção de 8,64%, enquanto que o de 2ª terá aumento de 5,32% (confira os dados na tabela).
Os dados foram levantados junto a 101 escritórios municipais da Emater para a cultura de arroz, 225 para feijão primeira safra, 152 para feijão segunda safra, 397 para milho grão, 366 para milho silagem e 351 para soja, além de 12 escritórios regionais e do Escritório Central.
O levantamento completou uma amostra que cobriu 94,4% da área a ser cultivada com arroz, 82,9% com feijão primeira safra, 94% com feijão segunda safra, 90,5% com milho grão, 90,8% para milho destinado à silagem e 93,3% para área com soja.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Expodireto Cotrijal