A 59ª edição da Operação Desmanche ocorreu nesta quarta-feira (14), em Almirante Tamandaré do Sul, no Norte do Estado. Um estabelecimento foi interditado e cerca de 100 toneladas de sucata automotiva recolhidas.
O coordenador da força-tarefa da Operação Desmanche, coronel Cesar Augusto Pereira da Silva, avalia a importância das ações no interior do Estado. ”Nessas regiões encontramos grandes desmanches clandestinos, que resultam em uma apreensão de sucata automotiva volumosa. Com esse enfrentamento direto pudemos notar já uma importante redução nos índices de furto e roubo de veículos no interior do Estado”.
Coronel Cesar também destacou a importância do consumidor de se certificar se o estabelecimento onde irá adquirir suas peças está devidamente credenciado no Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran/RS). ”Os locais autorizados possuem uma placa do departamento logo na entrada. A compra de peças sem procedência apresenta um grande risco para o consumidor, além de alimentar e fortalecer o crime”, explicou
Desde a primeira edição, a operação já resultou na interdição de 95 locais, em 31 municípios, e na apreensão de mais de quatro mil toneladas de sucata automotiva.
Trabalho integrado
A operação integra esforços da Polícia Civil (PC), Brigada Militar (BM), Instituto-Geral de Perícias (IGP) e Detran/RS. Além disso, as peças apreendidas são encaminhadas para a Gerdau, que, a partir da parceria com o Estado, as transforma em material de trabalho e dá um novo destino para os objetos por meio de reciclagem.
A ação já passou por 31 municípios: Candelária, Curumim, Soledade, Santa Maria, Carlos Barbosa, Sapiranga, Eldorado do Sul, Erechim, Guaíba, Porto Alegre, Cachoeirinha, Portão, Gravataí, Viamão, Sapucaia do Sul, Canoas, Novo Hamburgo, Montenegro, Pelotas, São Sebastião do Caí, Estrela, Parobé, Esteio, Alvorada, Camaquã, Caxias do Sul, Arroio dos Ratos, Capão da Canoa, Torres, São Leopoldo e Almirante Tamandaré do Sul.
Força-tarefa
A força-tarefa foi designada pelo governador José Ivo Sartori para atuar na fiscalização dos estabelecimentos ilegais. Cada um dos órgãos envolvidos tem uma função específica nas operações. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) coordena o trabalho e define os alvos, por meio do Setor de Inteligência. O IGP tem a função de identificar peças roubadas e atua na parte criminal das operações, juntamente com a Polícia Civil, que também efetua as prisões. O Detran RS autua administrativamente as empresas e coordena a apreensão da sucata e sua destinação para reciclagem. A BM faz a segurança da operação com policiais do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM).
Consulta a peças
O consumidor pode ajudar a desestimular o comércio ilegal de peças usadas, comprando somente em empresas credenciadas ao Detran RS. Essas empresas têm, na fachada, o logotipo do órgão. Além disso, cada peça é vendida com código de barras e nota fiscal eletrônica. Também é possível consultar no site do Detran RS a relação de empresas credenciadas e fazer uma busca por peças e por município. Nos chamados Centros de Desmanches de Veículos (CDVs), além da garantia de origem lícita, as peças passam pelo aval de um responsável técnico, que atesta as condições de segurança.
Fonte: Portal Gazeta 670