Em novo mutirão noturno no Centro Histórico de Porto Alegre, agentes da prefeitura capturaram mais 25 escorpiões-amarelos. Os exemplares do animal venenoso estavam dentro de bueiros e caixas de luz ou telefonia na Praça Dom Feliciano e outros 27 pontos nas imediações. Esse foi a décima ação desde janeiro: desde então, o bairro concentra o maior número de exemplares do animal venenoso encontrados na cidade (309 de 352).
Os animais recolhidos são enviados ao Centro de Informações Toxicológicas do Rio Grande do Sul (CIT-RS). Participaram dos trabalhos servidores da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae).
Somente neste ano já foram notificados quatro incidentes envolvendo humanos picados pelo animal. Os casos tiveram como local os bairros Mário Quintana, Partenon, São Geraldo e Centro Histórico, onde um cão também foi atingido.
Picada pode ser fatal
O escorpião-amarelo tem veneno altamente tóxico, capaz de matar um ser humano – especialmente crianças, idosos e indivíduos com comorbidades. A picada é dolorosa e faz com que o veneno se disperse pelo corpo, podendo causar náusea, vômito, salivação e taquicardia.
Um exemplar adulto tem cerca de 7 centímetros e sua biologia é peculiar: não existem machos da espécie – a fêmea vive em média quatro anos e se reproduz pelo processo chamado “partenogênese”, em média duas vezes por ano e com 20 filhotes por vez (160 durante a vida).
Seus locais preferidos são ambientes frescos e escuros, como frestas de paredes e pisos, restos de materiais de construção e demolição, ralos, esgotos, encanamentos e caixas de hortaliças. Dentro de casa, podem se alojar em calçados, cortinas e roupas de cama. Não costumam atacar, mas se defendem quando se sentem ameaçados.
Cuidados
– Manter os ambientes sem entulho ou lixo, bem como providenciar a correta separação e destinação de resíduos, pois as baratas são um dos alimentos preferenciais dos escorpiões.
– Limpar ralos, pátios e cozinhas.
– Fechar frestas em paredes, móveis e rodapés.
– Utilizar telas nas aberturas dos ralos.
– Manter camas e berços afastados da parede.
– Evitar que lençóis toquem o chão.
– Verificar o interior de calçados, toalhas e roupas antes de usá-los.
– Utilizar luvas grossas e sapatos fechados para manuseio de entulhos e atividades de limpeza em geral.
– Em caso de visualização, acionar o serviço 156 (telefone, aplicativo ou internet), informando o local exato.
Fonte: O Sul