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Apresentado por Leite, Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável será GPS para o Estado nas próximas décadas

O documento integrado ao Plano Rio Grande contém um diagnóstico completo do RS e traça estratégias para alavancar o PIB gaúcho

por Daiane Giesen
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O Rio Grande do Sul tem pressa. O futuro é logo ali. E para ter um Estado preparado, o governador Eduardo Leite apresentou, nesta quarta-feira (30/10), o Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável. O evento ocorreu na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre. O documento contém um diagnóstico completo do Rio Grande do Sul e traça estratégias e ações factíveis a serem adotadas com a finalidade de impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) e, consequentemente, ter efeito positivo no crescimento econômico e na vida de todos os gaúchos.

“A partir do Plano de Desenvolvimento, o Rio Grande do Sul passa a ter uma política de Estado, guiada por evidências científicas, para acelerar o desenvolvimento econômico e social. O nosso governo promoveu reformas estruturantes, recuperou a capacidade de investimento do Estado e agora está criando um plano que será um legado para o futuro do Rio Grande do Sul”, disse o governador. “Nosso objetivo é muito claro: queremos que o Rio Grande do Sul seja o melhor Estado para se viver no Brasil. Temos um potencial enorme em diversas áreas e, com os desdobramentos do plano, estamos muito confiantes de que daremos um salto em direção a um futuro à altura do que merece a nossa população nos próximos anos”, destacou.

Leite na apresentação do Plano de Desenvolvimento Econômico

“Nosso objetivo é muito claro: queremos que o Rio Grande do Sul seja o melhor Estado para se viver no Brasil”, disse Leite

“A partir deste plano apresentado hoje, contamos com um modelo baseado em teorias econômicas sólidas, uma agência executora com caráter de serviço social autônomo e uma participação ativa da sociedade por meio de um comitê de monitoramento e direcionamento diário. Nossa prioridade é tirar do papel e mostrar para a população que estamos realizando e que esses projetos trarão benefícios reais para todos”, afirmou o vice-governador Gabriel Souza.

Com o dever de casa feito na primeira gestão (pagamentos e salários em dia, reforma administrativa aprovada e dívida federal renegociada), o Rio Grande do Sul se volta para o futuro. E para avançar rapidamente rumo ao crescimento, o Plano funciona como um GPS, que tem orientação e adaptabilidade para contextos complexos. Vai além da economia, sendo integrado e transversal a diversas dimensões do desenvolvimento.

Para a construção do Plano, houve a participação de cerca de 500 pessoas, incluindo lideranças do governo, do setor privado e da academia, juntamente com o apoio da consultoria internacional McKinsey. Foram realizadas diferentes etapas, incluindo sessões de ideação, workshops, entrevistas individuais e agendas em secretarias. Um desses encontros foi a reunião de trabalho no Palácio Piratini, em 10 de abril, com empresários e presidentes de entidades de classe.

Apresentação do Plano de Desenvolvimento Econômico

O evento de apresentação ocorreu na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre

Três pilares 

Elaborado durante seis meses, o amplo estudo agora apresentado – que funciona integrado ao Plano Rio Grande – partiu de uma perspectiva do cenário econômico do Rio Grande do Sul e como foi a trajetória de avanço nos últimos vinte anos. A análise recaiu sobre indicadores socioeconômicos e de competitividade. Dessa forma, o Plano está lastreado em três pilares principais:

  • Econômico: analisa a trajetória de crescimento do PIB a partir dos componentes de força de trabalho e produtividade;
  • Inclusivo: analisa indicadores de renda e mercado de trabalho incluindo visão por região funcional para indicadores selecionados;
  • Sustentável: analisa oportunidades selecionadas no contexto ambiental do Estado e seu posicionamento em termos de resiliência climática.

“O Plano é um roadmap que mostra como estaremos lá na frente se seguirmos as indicações. O nosso Estado nunca conseguiu um desempenho como estamos projetando. É ousado, mas se não fizermos diferente, vamos ficar no mesmo lugar, com altos e baixos no crescimento a cada ano. O Plano tem os pés no chão, porque faz olhar para aquilo que vai dar sustentação no futuro”, afirmou o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos.

Apresentação do Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável

O governador reforçou que o governo está criando um plano que será um legado para o futuro do Rio Grande do Sul

Para os pilares se concretizarem, cinco prioridades estratégicas entram em ação:

  • Capital humano: qualificar a educação básica e profissional, consolidar escolas em tempo integral e atrair e reter pessoas.
  • Ambiente de negócios: simplificar o ambiente para empreendedores e consolidar o Rio Grande do Sul como destino de investimentos.
  • Inovação: converter a inovação e tecnologia em produtividade e avançar com a inteligência artificial na matriz econômica.
  • Infraestrutura: reestruturar e diversificar a logística estratégica.
  • Recursos naturais: potencializar a transição energética, a resiliência climática e a irrigação.

A partir das análises e projeções realizadas, foram identificados 12 setores nos quais o Rio Grande do Sul é competitivo e há demanda crescente. Em cada um dos grupos, foram destacados produtos e serviços mais complexos e inovadores que reúnem grande chance de avanços. Diversos segmentos apresentam oportunidades promissoras e foram classificados em quatro perspectivas de economia com suas estratégias de desenvolvimento.

Gráfico Plano de Desenvolvimento Econômico

O Plano propõe ações concretas a serem implementadas em sinergia com diferentes integrantes do ecossistema para que o crescimento econômico ocorra de forma inclusiva e sustentável, englobando todas as regiões gaúchas – que atualmente apresentam níveis distintos de desenvolvimento. Em relação ao PIB, a meta do plano é dobrar o crescimento econômico anual do Estado até 2030, chegando a 3%. Nas últimas duas décadas, a média do Rio Grande do Sul ficou em 1,6% ao ano.

Como caminho para o futuro do Rio Grande do Sul, o trabalho relacionou as cinco prioridades estratégicas a habilitadores de competitividade. A partir deles se chega a 41 iniciativas que passam a orientar políticas e planos de ação.

Invest RS 

Um dos instrumentos para a execução prática do Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável é a implantação da Agência de Desenvolvimento Invest RS. Sua criação representa o fortalecimento de uma agenda estratégica integrada entre Estado, sociedade e setores produtivos para atrair investimentos e promover os produtos do Rio Grande do Sul no cenário nacional e internacional.

Com foco em diretrizes e setores priorizados, a Agência será um catalisador para inserir o Estado na agenda global de negócios. A Invest RS tem a missão de executar políticas públicas de desenvolvimento relacionadas à atração de investimentos e de promoção comercial.

Apresentação da Invest RS

Leite destacou que a implantação da Agência de Desenvolvimento Invest RS é um dos instrumentos para a execução prática do Plano

“Este é um plano de Estado e vai ser um guia para os próximos governantes e para a sociedade. É o caminho para tornar o Rio Grande do Sul mais eficiente, competitivo e um ambiente acolhedor ao empreendedorismo. A Agência de Desenvolvimento, a Invest RS, um sonho antigo que se torna realidade, é um mecanismo que vai nos dar mais proatividade na atração de investimentos e abertura de mercados, promovendo avanço e crescimento socioeconômico para a população gaúcha”, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo.

A equipe da agência é formada por profissionais qualificados selecionados no mercado. No lançamento do Plano, foi apresentado o presidente da Invest RS, Rafael Priklandnicki, ex-diretor do Tecnopuc.

Os três principais focos do portfólio de serviços da Invest RS são:

  • Inteligência de mercado: informações detalhadas para investidores sobre as características do Estado e diferenciais de seus setores estratégicos.
  • Serviços ao investidor: aconselhamento especializado na construção de casos de negócios e estratégias de expansão, como a identificação de locais adequados para novos empreendimentos.
  • Serviços ao exportador: detalhamento sobre processos e etapas envolvidos na exportação, incluindo cadeia logística, além de opções de financiamento.

As iniciativas do Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável refletem o compromisso conjunto de fortalecer o Estado e ampliar as oportunidades para todos os gaúchos. Os desafios impostos pelas recentes catástrofes meteorológicas impuseram uma ressignificação da estratégia à luz das novas necessidades e dos novos desafios.

Como consta no slogan do governo (O Futuro nos Une), o objetivo é construir uma visão de futuro compartilhada entre os diversos atores e entidades para a transformação do Rio Grande do Sul.

 

Fonte: Estado do RS

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