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Irã promete “resposta mais forte” se Israel retaliar ataque com mísseis

Primeiro-ministro israelense afirmou que "o Irã cometeu um grande erro" e "vai pagar por isso" após a ofensiva de terça-feira (1º)

por Daiane Giesen
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O presidente iraniano Masoud Pezeshkian disse que, embora o Irã não busque a guerra, ele dará uma “resposta mais forte” se Israel retaliar após o ataque iraniano de mísseis na terça-feira (1º).

Pezeshkian falou em Doha ao lado do Emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad al-Thani, nesta quarta-feira (2). Ele acusou Israel de instigar a insegurança na região e condenou o que ele descreveu como crimes históricos.

“Não tivemos escolha a não ser responder. Se Israel quiser reagir, teremos uma resposta mais forte, é com isso que a República Islâmica está comprometida”, disse Pezeshkian.

Horas após o ataque de terça-feira, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse: “O Irã cometeu um grande erro esta noite e vai pagar por isso”.

As declarações de Pezeshkian vêm depois que o Irã disparou cerca de 200 mísseis balísticos em um ataque contra Israel na terça-feira, que disse ter sido em resposta aos assassinatos do chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh.

Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio

O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.

São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.

Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.

O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.

As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas. No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.

Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.

Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.

Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.

 

 

Fonte: CNN

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