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Rede de Farmácias São João amplia serviços farmacêuticos e já realizou mais de 720 mil atendimentos em 2024

por Daiane Giesen
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A Rede de Farmácias São João está entre as que mais contrata farmacêuticos. Hoje, são mais de três mil farmacêuticos na Rede e as vagas estão abertas. Mais do que cumprir com as rotinas obrigatórias, as lojas cada vez mais oferecem serviços especializados que são executados pelos profissionais capacitados para isso, os farmacêuticos. Entre janeiro e agosto/2024, já foram mais de 720 mil atendimentos nos consultórios farmacêuticos das mais de 1100 filiais espalhadas pela região Sul do país.

Com a missão de cuidar da saúde de cada pessoa e fazer isso sob um olhar integral, a Rede São João investiu na expansão dos serviços e trabalha pensando na segurança, qualidade e na promoção do acesso à saúde, inclusive desenhando as lojas de forma a garantir maior dignidade aos clientes com o banheiro e salas de espera nos consultórios. As salas de atendimento são equipadas para prover serviços mais complexos como vacinas e exames de sangue. “Cuidar da saúde das pessoas exige empatia, afeto e receptividade e essa é a essência do DNA São João”, afirma a farmacêutica Nicole de Lima.

Entre os principais serviços realizados pelas Farmácias São João estão:

  • Vacinação;
  • Aplicação de injetáveis;
  • Avaliação corporal e bioimpedância;
  • Colocação de brincos;
  • Exames rápidos (glicemia, gravidez, dengue, covid, RSV, perfil lipídico, dentre outros);
  • Aferição de pressão arterial.

O mercado cresce para o farmacêutico e a IA deve ser um braço forte para a atuação do profissional

Para celebrarmos o Dia Internacional do Farmacêutico conversamos com o conselheiro titular do Rio Grande do Sul do Conselho Federal de Farmácia e assessor técnico na Rede de Farmácias São João, Roberto Canquerini. Com a experiência de atuar como farmacêutico clínico, exercendo consultoria técnica em serviços de saúde e assuntos regulatórios no varejo farmacêutico, Canquerini também é presidente do Comitê Científico do CFF, speaker da Abbott (divisão de vacinas e divisão de exames de análises clínicas) e professor de pós-graduação em Farmácia Clínica.

Roberto, como está o mercado de atuação do farmacêutico no país?

 O mercado tem se mostrado cada vez mais dinâmico e diversificado. Tradicionalmente, o farmacêutico era associado à atuação nas farmácias de varejo, porém, hoje esse profissional desempenha funções em diversas áreas, como clínicas oncológicas, consultórios farmacêuticos, saúde estética e cosmética, práticas integrativas e complementares em saúde e na área de gestão de saúde. A demanda por serviços de saúde, especialmente após a pandemia da Covid-19, evidenciou ainda mais a importância do farmacêutico no sistema de saúde.

Há um aumento constante na busca por farmacêuticos capacitados para áreas como farmácia hospitalar, farmacoeconomia e farmacovigilância. Também vemos um crescimento na atuação em clínicas dentro de farmácias, onde os farmacêuticos realizam serviços como a aplicação de vacinas, exames rápidos e acompanhamento de doenças crônicas, o que amplia as oportunidades de atuação.

Como em qualquer área de saúde, é exigido dos farmacêuticos uma constante atualização e especialização para se destacarem no mercado. Isso faz com que a busca por qualificação seja um fator essencial para manter a competitividade. De forma geral, é um mercado atrativo, com uma crescente valorização do papel do farmacêutico, mas que demanda do profissional não só competência técnica, como também uma visão sistêmica e empreendedora para aproveitar as novas oportunidades que surgem.

Roberto, qual é o perfil para quem deseja seguir nesta profissão?

As empresas, atualmente, buscam no farmacêutico um perfil que vai além do conhecimento técnico tradicional. A formação sólida é indispensável, mas há também uma valorização de habilidades interpessoais e de gestão. O profissional precisa ser multidisciplinar, com capacidade de trabalhar em equipe, resolver problemas complexos e se adaptar a diferentes contextos, seja no varejo, na indústria, no setor hospitalar, na área de pesquisa ou em qualquer uma das mais de 135 especialidades.

Entre as características mais valorizadas está a necessidade de atualização constante, o profissional deve estar atento às inovações e tendências, especialmente nas áreas de tecnologia e novas terapias; a capacidade de comunicação; a visão sistêmica e estratégica que demanda compreender o funcionamento do setor de saúde como um todo, desde a gestão de insumos até a implementação de políticas de saúde pública, como na vacinação ou no acompanhamento de doenças crônicas; habilidades de gestão e liderança.

Roberto, como é trabalhar estas questões a frente de uma das maiores redes do Brasil?

Trabalhar na Rede São João é sem dúvida, um grande privilégio e, ao mesmo tempo, uma responsabilidade enorme. Sendo a quarta maior rede farmacêutica varejista do Brasil, a Rede São João é referência no setor, tanto pelo volume de operações quanto pela qualidade do atendimento e dos serviços prestados. Gerenciar essas questões, em um contexto de tamanha amplitude e impactado constantemente por questões regulatórias complexas, exige um compromisso constante com a inovação, o desenvolvimento da equipe e a excelência no cuidado com os nossos clientes.

Na prática, isso significa atuar em diversas frentes. Investimos fortemente na qualificação dos nossos farmacêuticos, oferecendo treinamento contínuo e incentivando a busca por aprendizado contínuo. Sabemos que a saúde é um setor que exige atualização constante, e procuramos estar sempre à frente das tendências e inovações, seja com a implementação de novos serviços clínicos, seja com a adoção de tecnologias que facilitem o atendimento e garantam a segurança dos nossos pacientes.

Além disso, trabalhamos para que os nossos farmacêuticos atuem de maneira próxima e consultiva com a comunidade. Acreditamos que o farmacêutico tem um papel essencial no acesso à saúde, não só dispensando medicamentos, mas também oferecendo orientações e realizando serviços que ajudam a melhorar a qualidade de vida dos nossos clientes.

A abrangência da Rede São João também nos permite promover um impacto positivo em termos de saúde pública. Estamos presentes nos três estados da região sul do Brasil, e isso nos coloca em uma posição de responsabilidade na promoção de campanhas de saúde, como a vacinação e o controle de doenças crônicas. Para nós, estar à frente de uma rede como a São João significa contribuir ativamente para o fortalecimento da saúde no país, oferecendo cuidado farmacêutico de qualidade em larga escala.

Roberto, qual o maior desafio para a profissão farmacêutica nestes tempos de inteligência artificial (IA), digitalização e aumento de fiscalização pelos órgãos reguladores?

O avanço da inteligência artificial (IA) e da digitalização está transformando todas as áreas da saúde, e a profissão farmacêutica não é exceção. O maior desafio para o farmacêutico nesse cenário, é integrar essas novas tecnologias de forma que elas sejam ferramentas complementares ao trabalho humano, sem perder o foco no cuidado com o paciente.

A IA traz benefícios significativos como a automação de processos logísticos, a análise de grandes volumes de dados clínicos e a personalização de tratamentos. No entanto, é fundamental que o farmacêutico mantenha seu papel de navegador do cuidado em saúde e garanta que as decisões tecnológicas respeitem a individualidade e as necessidades do paciente. O grande desafio é equilibrar o uso dessas ferramentas com a sensibilidade humana, principalmente nas interações diretas com o público e na personalização do cuidado.

A digitalização também está alterando profundamente a forma como os serviços farmacêuticos são oferecidos, desde a prescrição digital até o acompanhamento remoto de pacientes. Para o farmacêutico, o desafio é adaptar-se rapidamente a essas mudanças, capacitar-se no uso dessas novas tecnologias e, ao mesmo tempo, continuar proporcionando um atendimento humanizado e de qualidade.

Outro aspecto importante é o aumento da fiscalização por parte dos órgãos reguladores. Com a crescente complexidade da legislação em torno da segurança de medicamentos e da prestação de serviços de saúde, o farmacêutico deve estar sempre atento às normas vigentes, garantindo que todos os processos sejam realizados de acordo com as exigências legais. A conformidade com as regulações é um desafio, mas também uma oportunidade para elevar o padrão de qualidade no atendimento e fortalecer a confiança do público no trabalho do farmacêutico.

Esses desafios exigem que o farmacêutico seja cada vez mais proativo e flexível, com habilidades não só técnicas, mas também em tecnologia e gestão. Além disso, o compromisso ético permanece inalterado: independentemente das inovações tecnológicas, o foco final deve ser sempre o bem-estar do paciente.

Roberto, quais transformações a profissão farmacêutica irá passar nos próximos anos?

Nos próximos anos, uma das principais transformações será a integração cada vez maior da tecnologia no dia a dia da profissão. A inteligência artificial, big data e ferramentas de automação irão transformar a forma como os farmacêuticos realizam tarefas como a dispensação de medicamentos, o acompanhamento de terapias e a farmácia clínica.

A personalização do cuidado, baseada em dados genômicos e em perfis de saúde individuais, será uma realidade, permitindo que o farmacêutico colabore em tratamentos mais direcionados e eficazes.

Outro aspecto fundamental será o fortalecimento do papel do farmacêutico como um profissional de saúde de proximidade, especialmente no contexto de envelhecimento da população e do aumento de doenças crônicas. A expansão das clínicas farmacêuticas e a consolidação da prescrição farmacêutica em várias áreas, como a administração de vacinas e o acompanhamento de terapias medicamentosas, colocará o farmacêutico como uma peça-chave no sistema de saúde.

Também devemos observar mudanças regulatórias que permitirão uma maior autonomia ao farmacêutico. O Conselho Federal de Farmácia (CFF) já vêm trabalhando para ampliar o escopo de atuação do farmacêutico, o que deve se intensificar nos próximos anos, possibilitando maior contribuição na prevenção e no controle de doenças, além de ampliar a acessibilidade aos cuidados de saúde.

O mercado de trabalho para o farmacêutico também será impactado pelas transformações da indústria farmacêutica e da biotecnologia. O desenvolvimento de novas terapias, como medicamentos biológicos, terapias gênicas e nanotecnologia, abrirá novas áreas de especialização e exigirá que o farmacêutico esteja em constante atualização.

Por fim, o cenário regulatório e de fiscalização continuará se tornando mais rigoroso, o que, embora represente desafios, também promoverá uma maior profissionalização e qualificação da categoria. A busca pela excelência no cumprimento de normas e na prestação de serviços de saúde será uma constante.

Em resumo, a profissão farmacêutica está se movendo em direção a um modelo cada vez mais tecnológico, clínico e especializado, com o farmacêutico desempenhando um papel central na promoção de saúde e no cuidado com o paciente.

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