Sergio Mendes morreu aos 83 anos em Los Angeles, onde morava desde os anos 60. A morte foi confirmada pela família do pianista e a causa não foi revelada.
Músico brasileiro que mais fez sucesso nos Estados Unidos em todos os tempos, ele colaborou com grandes ícones do jazz, como Herb Alpert e Cannonball Adderley.
Eu seus 60 anos de carreira com 35 álbuns lançados, Mendes ganhou o Grammy e foi indicado ao Oscar em 2012 pela música “Real in Rio”, trilha da animação “Rio”, feita em parceria com Carlinhos Brown.
Nascido em Niterói (RJ) em 11 de setembro de 1941, Mendes se mudou para os Estados Unidos em 1964. Nenhum brasilerio fez tanto sucesso nas paradas americanas quanto ele. Ao todo, o pianista levou 14 músicas ao top 100 americano, quatro delas nos anos 80 e dez nos anos 60.
O pianista já ficou duas vezes no top 4 do ranking da revista americana “Billboard: em 1983, com “Never Gonna Let You Go”; e 1968, com “The Look of Love”.
Na década de 1966, lançou sua gravação mais conhecida: “Mas que nada”, de Jorge Benjor, em verão Bossa Nova. Em 2006, a música foi remixada pelo Black Eyed Peas com participação do próprio Sergio.
Em entrevista, Sergio explicou como a parceria com o Black Eyed Peas o apresentou para novas gerações. “Will.i.am que veio até a minha casa, falou que era fã, que ouvia minha música desde garoto. Eu gostei muito dele, nos tornamos amigos. Aconteceu por meio desses encontros assim, que não foram programados, mas que deram certo”, disse o músico.
“Minha vida é muito feita por esses encontros, seja com Frank Sinatra, com Will.I.Am. Eu sou anti fórmula. Eu sigo muito a minha intuição e sou muito curioso. E essa curiosidade que me leva a isso, a encontrar essas pessoas e ter essa troca musical.”
Em 1971, Mendes se tornou um dos brasileiros a se encontrar com Elvis Presley. O encontro aconteceu durante a temporada do rei do rock em Nevada, no Midnight Show.
Em toda a carreira, ele lançou 35 álbuns. O último disco foi “In the Key of Joy”, de 2020, criado a partir de colaborações com outros artistas como João Donato, Hermeto Pascoal e Guinga. No mesmo ano, ele também foi tema de um documentário de mesmo nome. Ele deixa a esposa, Gracinha Leporace, e cinco filhos.
Fonte: O Sul