O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), pediu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que o governo aprimore medidas que já foram anunciadas para a reconstrução do estado após as enchentes registradas em maio deste ano.
Leite foi recebido por Lula no Palácio do Planalto, em Brasília, na manhã desta quarta-feira (21). Foi o primeiro encontro após os dois protagonizarem um debate público, em evento no RS, na última sexta-feira(16).
Segundo o governador, a conversa, que durou mais de uma hora, foi “amistosa”. Também participaram os ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Paulo Pimenta, que assumiu a Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul.
“Elencamos as ações que o governo federal fez, tomou providências que nós reconhecemos e agradecemos, mas sinalizamos os pontos que a gente entende que merecem urgentemente aprimoramentos para fazer com que essas medidas sejam efetivas”, disse Leite após o encontro.
Entre as medidas que precisam ser revistas, no ponto de vista de Eduardo Leite, está, por exemplo, o programa de manutenção de emprego e renda, que atende empresas atingidas pela calamidade.
Segundo Leite, as regras ficaram “engessadas”, o que acaba limitando o acesso das empresas aos recursos disponibilizados pelo governo federal. A proposta do governo estadual é para que empresas que estão fora da chamada “mancha de inundação”, ou seja, que não foram alagadas, mas que sofreram impactos por conta da situação de calamidade, também sejam contempladas pelo programa.
O gaúcho também pediu ao petista que reconsidere as regras dos programas de financiamento anunciados pelo Executivo e que promovem subsídios de juros. Por último, Leite também pediu intercessão sobre a proposta de renegociação da dívida dos estados. Segundo ele, a solução apresentada no Senado Federal não contempla o Rio Grande do Sul.
À imprensa, o governador disse ainda que há “um descompasso entre o apoio que é anunciado e o apoio que se está efetivando lá na ponta”, pelo governo Lula, que é preciso “compatibilizar esforços entre os governos”.
Para Leite, existe uma necessidade de definir a governança da implementação de alguns projetos, ou seja, de decidir quem será a competência de cada obra anunciada.
Fonte: O Sul