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Julho registra o menor número de vítimas de homicídios no RS desde 2010, mas os casos de latrocínio aumentam

Feminicídios também tiveram queda, com 33% a menos de registros. No sentido inverso, o total de roubos com morte cresceu 300%, passando de um episódio para quatro, na comparação com o mesmo mês do ano passado

por Daiane Giesen
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Julho foi o mês com o menor registro de homicídios em todo o Estado desde 2010, com 68 casos do tipo. O dado foi divulgado, juntamente com outros indicadores de criminalidade na manhã desta quinta-feira (15) pela Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP). Feminicídios e crimes contra o patrimônio, como roubo a pedestres e de veículos, também registraram queda. O latrocínio, por outro lado, disparou 300% neste mês de julho, passando de um caso, registrado no mesmo período do ano passado, para quatro. Número foi impulsionado pela ocorrência de Mato Castelhano, onde dois professores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) foram mortos durante assalto a hotel.

— Nós tivemos o menor número de homicídios no Rio Grande do Sul para qualquer mês desde 2010. Isso é fruto de uma série de ações que vêm sendo implementadas de combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas. Isso envolve um conjunto de ações que são muito bem integradas entre Brigada Militar e Polícia Civil. As duas instituições trabalham hoje muito com foco em inteligência policial e em dados de investigação — afirmou o secretário da Segurança Pública, Sandro Caron.

A redução de homicídios no mês de julho no Estado foi de 37,6% em relação ao ano passado, passando de 109 registros em 2023 para 68. Porto Alegre seguiu a tendência do Estado, com queda de 79% nos crimes do tipo. Na Capital, não ocorreu nenhum latrocínio durante e, mesmo resultado do ano anterior.

No Estado, seis feminicídios foram contabilizados em julho, enquanto em 2023 ocorreram nove casos. Isso representa uma queda de 33%.

— O único indicativo que teve um aumento foi de latrocínios, principalmente em razão do caso de Mato Castelhano, que foi um duplo latrocínio. Esse caso apresentou um pequeno aumento de um para quatro latrocínios, mas é uma questão pontual e segue a tendência de queda dos outros indicativos — analisa o chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Sodré.

O comandante-geral da Brigada Militar, coronel Cláudio dos Santos Feoli, avalia que esses índices refletem a ação ostensiva que vendo sendo praticada pelos órgãos de segurança pública, como com o aumento de abordagens em locais com maior incidência de ocorrências. A entrada de novos agentes no serviço também é indicada por ele como fator para a diminuição dos crimes no Estado.

— A maior integração e o envolvimento propiciado pelo programa do RS Seguro fez com que todas as forças de segurança se engajassem nessa redução de indicadores criminais. Hoje, essa sistemática de governança faz com que diferentes frentes da segurança pública discutam questões e revelem os problemas para juntos encontrarmos soluções — acrescenta.

A percepção de maior segurança em razão das ações integradas entre os órgãos é igualmente compartilhada por Sodré. Ele ressalta também que operações contra a criminalidade organizada, assim como o policiamento preventivo vem apresentando resultados para conter diferentes crimes, desde pequenos até grandes esquemas.

— Dois mil e vinte e quatro já havia sido o ano mais seguro da série histórica desde que o Estado tem a medição com indicadores padronizados de segurança pública, contabilizados de 2010 para cá. Nós estamos caminhando para ter um 2024 melhor do que 2023.

Crimes contra o patrimônio 

O relatório do governo estadual indica que os crimes contra o patrimônio também apresentam queda. No ano passado, 2,3 mil pedestres foram vítimas de roubo no RS. Neste ano, 1,1 mil foram vítimas do crime. Isso representa uma redução de 52% nos indicadores. Em Porto Alegre, o número foi semelhante, com diminuição de 58% nos casos de roubo a pedestre, passando de cerca de 1,2 mil vítimas para 499.

O roubo de veículos teve baixa de 43% neste mês de julho. Em 2023, 255 veículos foram roubados no Estado enquanto neste ano foram contabilizadas 145 ocorrências do tipo. A Capital acompanhou a queda estadual, com 58% de casos a menos, saltando de cem no ano passado para 42 em 2024.

O roubo a motoristas e passageiros de transporte coletivo reduziu em 72% neste mês de julho. O número caiu de 61 para 17. Em Porto Alegre, a taxa foi um pouco menor a estadual, com redução de 63% ocorrências do tipo. Foram 12 registros, enquanto no ano passado foram 32.

Já os roubos e furtos a comércios foram reduzidos em 28% em todo o Estado. O número de ocorrências caiu de 453 para 324 casos. Na Capital, a diminuição foi de 10%.

O crime de abigeato passou de 380 registros em 2023 para 267 em julho de 2024, uma redução de 30%.

Fonte: GZH

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