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68% dos trabalhadores autônomos no Brasil gostariam de ter carteira assinada, diz FGV

por Daiane Giesen
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Quase sete entre 10 trabalhadores autônomos por conta própria, que não estão formalizados como microempreendedor individual (MEI), gostariam de possuir carteira de trabalho assinada.

Segundo Sondagem de Mercado de Trabalho do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), a condição atinge 67,7% dos entrevistados.

Para Lina Nakata, professora da FIA Business School e pesquisadora da FIA Lugares Incríveis para Trabalhar, é fato que as relações de trabalho têm se tornando mais flexíveis e vem ofertando mais possibilidades de renda.

Contudo, segundo ela, dados como esses sinalizam que os “autônomos nem sempre possuem as melhores condições de trabalho, pois não conseguem assegurar seus direitos como trabalhadores”, explica.

Além disso, a falta de um “sentimento de segurança” também faz parte da realidade dessa fatia do mercado de trabalho, tendo em vista que, segundo a pesquisa, quase 45% do grupo declaram não saber ao certo quanto será seu rendimento no mês seguinte.

“Gig Economy”

Nos últimos anos, com as transformações digitais e a inserção das plataformas nas dinâmicas de trabalho, tem se observado um aumento de vínculos de trabalho temporários ou de curto prazo, tendência conhecida como “Gig Economy”.

Para se ter ideia, de 2012 a 2024, trabalhadores por conta própria e empregadores cresceram 25,9% e 21,9%, respectivamente.

Essas taxas são superiores quando comparadas às dos empregados dos setores privado e público, com variação de 12,5%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C) do IBGE.

Fonte: CNN

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