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Acervo histórico de Não-Me-Toque passa por processo de reorganização e preservação

por Daiane Giesen
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O acervo histórico de Não-Me-Toque, que anteriormente pertencia à Casa de Cultura Dr. Otto Sthal, está agora emum novo estágio no trabalho de recontagem e organização do material. Coordenado pela artista Lizelote Battistella, o projeto enfrenta desafios devido às condições das acomodações anteriores na Casa da Cultura.

Battistella relatou ao Grupo Ceres de Comunicação que a pandemia atrasou o início do processo. Após a liberação das restrições, ela passou um ano empacotando, limpando e higienizando o material. O trabalho inclui desempacotar e organizar o acervo no novo espaço, onde medidas foram adotadas para proteger os itens da luz, que pode deteriorar fotografias e documentos.

Ainda não há uma definição sobre como o acervo será classificado. Lizelote planeja estudar métodos de catalogação em contato com o sistema de museus do Rio Grande do Sul. Paralelamente, ocorre a descontaminação de papéis, com a equipe seguindo regras rigorosas para manuseio dos documentos.

Os equipamentos, móveis e peças do acervo também estão sendo cuidados. Lizelote mencionou que as máquinas de escrever, câmeras fotográficas e ferros de passar foram limpos e embalados para evitar poeira durante o transporte.

A Secretária Noeli Machry Santos destacou a preocupação da gestão municipal com a preservação da história local. Há dois anos, o prefeito convocou uma reunião para discutir a precariedade das instalações da Casa da Cultura e seu impacto no acervo cultural.

Noeli destacou o empenho das voluntárias que semanalmente limpam as fotografias com pincéis. A reorganização permitirá exposições temáticas que contarão a história do município desde a colônia da Vila de Não-Me-Toque até a emancipação. Lizelote convida mais voluntárias para participar do projeto, com encontros regulares às quartas-feiras no novo espaço abaixo do Sicredi.

Lizelote agradeceu a ajuda das voluntárias, ressaltando que sem elas não teria conseguido avançar no trabalho. Ela enfatizou a melhoria das condições do novo espaço, agora livre de odores de mofo e bolor, proporcionando um ambiente agradável para a conservação do acervo.

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