O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, anunciou na terça-feira (25), que o lançamento do Plano Safra 2024/25 foi adiado para a próxima quarta-feira (3). Inicialmente, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, havia confirmado a data para quarta-feira (26). No entanto, divergências internas no governo sobre o montante a ser disponibilizado resultaram no adiamento.
O setor produtivo reivindica um aporte entre R$ 500 e 570 bilhões, mas a equipe econômica ainda não definiu o valor exato. Ao ser questionado sobre possíveis divergências dentro do governo, Teixeira evitou comentar diretamente o assunto. Ele afirmou que “não dá para preparar uma entrega como a gente vai fazer, uma entrega bonita para vocês tirarem fotos maravilhosas. Não dá para preparar de hoje para amanhã. Então ganhamos uma semana para a preparação do evento.”
A Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) criticou a atitude do governo em nota, classificando-a como “total demonstração de desorganização e ineficiência”. A FPA também alertou que “os produtores rurais ficarão descobertos durante a primeira semana de vigência do plano.”
Equalização de Juros
O Plano Safra tem como principal objetivo garantir o financiamento necessário para que os produtores possam investir em tecnologias, insumos e infraestrutura, aumentando a produtividade e a competitividade da agricultura brasileira. Parte desse financiamento é subsidiada pelo governo, que cobre parte dos custos dos juros dos empréstimos concedidos aos agricultores, diminuindo assim a taxa de juro que eles precisam pagar.
No ano passado, o governo destinou R$ 8,5 bilhões em subsídios para a produção de pequenos agricultores e R$ 5,1 bilhões para a equalização de juros no setor empresarial, somando um total de R$ 13,6 bilhões.
A bancada do agronegócio na Câmara dos Deputados espera um montante de R$ 20 bilhões para a equalização de juros, além da destinação de R$ 2,5 bilhões para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).