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Real está entre as dez moedas que mais perderam valor frente ao dólar neste ano

por Daiane Giesen
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A moeda brasileira figura entre as dez que mais perderam valor em relação ao dólar em 2024, de acordo com um levantamento realizado pela agência classificadora de risco Austin Rating, com base em dados do Banco Central do Brasil. O real subiu duas posições no ranking, ocupando agora a sétima colocação entre as moedas que mais se desvalorizaram.

O real acumula uma queda de 9,5% no ano até o fechamento dos mercados na terça-feira (11). Nesse dia, o dólar comercial atingiu R$ 5,36, marcando o maior valor desde novembro de 2022. A Austin Rating utilizou as taxas de câmbio de referência Ptax, divulgadas diariamente pelo Banco Central, para elaborar o ranking. Segundo a Ptax, o dólar encerrou a terça-feira cotado a R$ 5,35.

O levantamento revela que a moeda nigeriana lidera as desvalorizações, com uma queda expressiva de 42,8% frente ao dólar. Em seguida, estão as moedas do Egito e do Sudão do Sul, que registraram quedas de 35% e 29,9%, respectivamente.

Por outro lado, a moeda do Quênia apresentou a maior valorização no ano, subindo 21,2%. As moedas do Sri Lanka e da Armênia também mostraram desempenho positivo, com avanços de 6,8% e 4,3%, respectivamente.

Especialistas apontam diversos fatores para a queda do real, incluindo incertezas econômicas globais, flutuações nos preços das commodities e questões internas como a instabilidade política e as pressões inflacionárias. “A desvalorização do real reflete uma combinação de fatores externos e internos, que afetam a confiança dos investidores e a percepção de risco do país”, explicou um economista da Austin Rating.

A desvalorização do real tem impactos significativos na economia brasileira, especialmente no custo das importações e na inflação. Produtos importados ficam mais caros, o que pode pressionar os preços ao consumidor. Por outro lado, uma moeda mais fraca pode beneficiar exportadores, tornando os produtos brasileiros mais competitivos no mercado internacional.

A instabilidade cambial também preocupa empresários e investidores, que buscam segurança em um cenário econômico desafiador.

O governo brasileiro tem monitorado a situação e considera medidas para conter a volatilidade do câmbio e estabilizar a economia. Entre as possíveis ações, estão intervenções no mercado de câmbio e ajustes na política monetária.

Enquanto isso, os brasileiros sentem os efeitos da desvalorização do real no dia a dia, com aumento nos preços de produtos importados e viagens internacionais mais caras. A expectativa é de que a economia global e interna se estabilize, permitindo uma recuperação da moeda brasileira nos próximos meses.

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