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Taxa de desemprego cai a 7,5% no trimestre até em abril, a menor em 10 anos

por Daiane Giesen
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O Brasil registrou uma taxa de desemprego de 7,5% nos três meses encerrados em abril, o menor índice para o período nos últimos dez anos. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado superou as expectativas do mercado, que previa uma taxa de 7,7%, e demonstra a contínua recuperação do mercado de trabalho no país.

A queda de 0,1 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, quando o desemprego era de 7,6%, confirma a tendência de redução observada desde 2023. No mesmo período do ano passado, a taxa de desemprego era de 8,5%.

Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa, destacou a persistência dessa tendência positiva: “Isso revela a manutenção da tendência de redução desse indicador, que vem sendo observada desde 2023”.

Especialistas acreditam que o mercado de trabalho brasileiro deve manter o aquecimento, com a taxa de desemprego se acomodando em patamares mais baixos. Contudo, esse cenário acende alertas em relação à inflação, especialmente quanto ao aumento dos preços de serviços, que podem impactar a convergência para a meta inflacionária.

O número de desempregados no trimestre até abril foi de 8,213 milhões, uma redução de 0,9% em relação ao trimestre até janeiro e de 9,7% em comparação com o mesmo período de 2023. O total de pessoas ocupadas também cresceu, atingindo 100,804 milhões, um aumento de 0,2% em relação ao trimestre anterior e de 2,8% em comparação com o ano passado.

Beringuy explicou que a estabilização da desocupação se deve à recuperação do comércio, que sofreu perdas no primeiro trimestre, e ao aumento da ocupação no segmento da educação básica pública no ensino fundamental.

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a 38,188 milhões no trimestre até abril, uma alta de 0,6% em relação ao trimestre anterior e um recorde desde o início da série histórica em 2012. O contingente de trabalhadores sem carteira assinada também aumentou, alcançando 13,538 milhões, o maior número registrado até então.

“A expansão da ocupação, nos últimos trimestres, vem ocorrendo por meio dos empregados, que superaram outras formas de inserção, como a dos trabalhadores por conta própria e os empregadores. O conjunto dos empregados no setor privado, com ou sem a carteira assinada, é o que mais tem contribuído para o crescimento da população ocupada no país”, explicou Beringuy.

O rendimento médio real dos trabalhadores no trimestre encerrado em abril foi de 3.151 reais, representando um aumento de 0,8% em relação ao trimestre anterior e de 4,7% em comparação com o mesmo período de 2023. Como resultado, a massa de rendimentos atingiu 313,1 bilhões de reais, estabelecendo um novo recorde na série histórica.

 

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