Quase três semanas após o início das cheias no Rio Grande do Sul, milhares de gaúchos continuam enfrentando desabastecimento de água e energia elétrica. Neste domingo, aproximadamente 192 mil clientes permaneciam sem luz nas áreas de concessão da RGE, CEEE Equatorial e Certel.
Na zona atendida pela RGE, as regiões mais afetadas incluem a Metropolitana, com 61,4 mil clientes sem eletricidade, Vale dos Sinos com 30,5 mil, Vale do Taquari com 7,9 mil e Vale do Rio Pardo com 6,6 mil.
A CEEE Equatorial relatou que, na manhã de domingo, ainda havia 84 mil clientes sem energia elétrica em sua área de concessão. Desses, 79 mil foram desligados por segurança devido aos alagamentos, sendo 51 mil apenas em Porto Alegre.
A Certel informou que, nos Vales, havia 100 associados sem luz em 13 cidades, incluindo Arroio do Meio, Boqueirão do Leão, Canudos do Vale, Capitão, Fontoura Xavier, Forquetinha, Lajeado, Marques de Souza, Pouso Novo, Progresso, Putinga, São José do Herval e Travesseiro.
Desabastecimento de Água
O desabastecimento de água também continua a afetar várias cidades. Na área de concessão da Corsan Aegea, Esteio e Sapucaia do Sul foram particularmente impactadas, com 29 mil unidades sem água, enquanto Canoas registrou 39 mil unidades sem abastecimento. No pico das cheias, a companhia contabilizou 906 mil imóveis desabastecidos.
Com a retomada da operação da estação de tratamento de Esteio, a Corsan informou que 91% da população de Esteio e Sapucaia do Sul deverá ter o abastecimento restabelecido. Parte dos bairros já teve o fornecimento normalizado no sábado. Nas últimas 24 horas, 38 mil imóveis foram reabastecidos.
Em Canoas, a Corsan está focada na reativação da estação de tratamento Rio Branco. Dos 67 sistemas de captação e tratamento afetados pelas cheias, apenas esta estação ainda não voltou a operar plenamente. A estação da Base Aérea retomou suas atividades na madrugada de domingo, já operando com metade de sua capacidade.
Enquanto as autoridades trabalham para restaurar os serviços essenciais, a população gaúcha continua enfrentando desafios significativos no pós-cheias.