No último sábado, 18, a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para os refugiados palestinos (UNRWA) relatou que pelo menos 800 mil palestinos deixaram a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, nos últimos 13 dias, em meio à ofensiva militar conduzida por Israel.
Philippe Lazzarini, comissário-geral da UNRWA, destacou que quase metade da população de Rafah foi forçada a deixar suas casas desde o início da operação militar israelense em 6 de maio. As autoridades israelenses têm descrito a ação como uma “operação precisa” contra “batalhões” do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
Antes do recrudescimento dos ataques, Rafah abrigava cerca de 1,4 milhão de pessoas, a maioria delas deslocadas de outras áreas do enclave palestino. O acesso à cidade foi limitado devido aos confrontos, mas o Programa Alimentar Mundial (PAM) conseguiu entregar alimentos essenciais, incluindo biscoitos de alto valor energético, arroz, massa e lentilhas, através de uma doca flutuante no litoral de Gaza.
Desde o início do conflito, o Ministério da Saúde do enclave registrou mais de 35 mil mortes e aproximadamente 80 mil feridos em sete meses. O atual ciclo de violência foi desencadeado por um ataque sem precedentes do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, que resultou em cerca de 1.200 mortes e centenas de reféns, de acordo com as autoridades israelenses.
